05 INCLUSION STARTS WITH I – LEARNING TO LIVE TOGETHER, SENGLEA, MALTA, MAIO 23
JUNTOS CONSTRUIMOS SUCESSO COM A MELHORIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Parte 1 – Introdução
Entre os dias 6 e 13 de maio, o 4º fluxo de mobilidade Erasmus+ esteve em Senglea, Malta.
As docentes de educação especial, Isabel Moreira, Teresa Pereira, Susana Saraiva, Carla Serra e as psicólogas Beatriz Pavão, Elisabete Baptista e Elsa Sousa, frequentaram entre os dias 6 e 13 de maio de 2023 em Senglea, Malta, o curso “Inclusion Starts With I – Learning to Live Together”.
Esta formação foi organizada pela New Horizons Malta no âmbito do projeto de mobilidade Erasmus+. Neste grupo de trabalho também estiveram presentes professores e técnicos de diversas áreas e diferentes países, tais como: Alemanha, Lituânia, Grécia, Roménia, Polónia e Áustria.
O curso foi ministrado pelas formadoras, Marilena Ciontescu e Ecaterina Gabrielle com a utilização frequente de exercícios práticos e dinâmicas de grupo, apelando à participação de todos os formandos.
Malta é um pequeno mas fascinante país insular situado no Mar Mediterrâneo, entre a Sicília e a costa do Norte da África. Faz parte da União Europeia desde 2004.
Com uma história que se estende por mais de 7.000 anos, Malta é um dos lugares mais antigos e mais ricos em património cultural do mundo. Muitas civilizações deixaram o seu legado ao longo da história, incluindo os fenícios, romanos, mouros, bizantinos, normandos, a Ordem de Malta, os franceses e os britânicos.
Atualmente, Malta é um país com uma mistura vibrante de culturas, tendo como capital Valeta e como idiomas oficiais, o Maltês e o Inglês.
Parte 2 – Atividades Desenvolvidas
https://padlet.com/tereza_13a/erasmus-activities-pmee2034p5qn0snl
Parte 3 – Visita à Escola Primária de Birżebbuġa (Birżebbuġa primary school)
https://edumalta.gov.mt/en/schools/state-schools/st-benedict-college-birzebbuga-primary-school
Comunicação intercultural, inclusão e diversidade são os principais valores da Escola Primária de Birżebbuġa, o espaço educacional onde crianças de 40 países aprendem, vivem e crescem juntas. Um espaço onde a cultura é definida por valores, respeito e compreensão!
Fomos recebidos pelo Diretor e começámos a nossa visita guiada.
Em Malta, a escolaridade obrigatória é dos 5 aos 16 anos, sendo o sistema educativo estruturado em Ensino Primário (5 a 11 anos), Secundário (11 a 18 anos) e Superior (acima dos 18 anos). O ensino pré-escolar (dos 3 aos 5 anos) é opcional, porém totalmente financiado. Nas escolas públicas o ensino é gratuito em todos os níveis, incluindo transporte, livros e materiais escolares.
Tivemos oportunidade de observar os alunos em contexto de aula, bem como os diferentes espaços onde decorrem as atividades. Todos os alunos usam uniforme, o que é considerada uma forma de diluir diferenças e estimular a inclusão.
A escola de Birżebbuġa conta com uma população de 600 alunos, integrando 200 alunos estrangeiros, oriundos de 40 países. Foi a primeira escola em Malta a acolher refugiados. Todos os alunos estrangeiros, durante o primeiro ano, são integrados numa turma onde aprendem Maltês e Inglês.
Ao entrar nas salas de aula é possível perceber a presença de dois (por vezes três) docentes – além do professor titular, contam com a presença de professores assistentes, para apoio à língua e às necessidades educativas.
O sistema Educativo de Malta tem uma política de inclusão, pelo que a escola integra 70 crianças com necessidades educativas especiais. O trabalho com estas crianças passa pelo ensino de competências funcionais.
As crianças com perturbação emocional/comportamental frequentam semanalmente a Nurture Class, onde, durante um período variável, são integrados num programa de promoção de competências socio emocionais.
Foi possível perceber que a escola investe em atividades extra curriculares, com especial ênfase no Desporto, Teatro e Música. Adicionalmente, todas as semanas os alunos têm a oportunidade de realizar um passeio/ visita.
Parte 5 – Network e balanço do curso
Durante os cinco dias de formação, foi possível conhecermos melhor os outros participantes, pois as várias dinâmicas de grupo assim o permitiram. O leque de formação dos participantes era variado, estando presentes docentes, professores de educação especial, psicólogos e técnicos de Serviço Social, de vários países, como a Alemanha, Polónia, Áustria, Lituânia, Portugal (para além do nosso, um grupo de Coimbra), Grécia e Roménia. Dado o carácter extremamente prático das atividades, foi possível estreitar relações, havendo uma partilha muito rica de práticas de cada país, no que diz respeito à educação inclusiva. Foi interessante perceber que, à semelhança do nosso agrupamento, também os outros países se deparam com uma crescente diversidade de alunos e com o desafio de praticar a verdadeira inclusão. Desta forma, é imperativo munirmo-nos de mais e melhores ferramentas para tornar a aprendizagem acessível e positiva para todos os alunos.
Foram realizados alguns contactos com intenção de estabelecer futuras parcerias, tendo uma das participantes da Alemanha, diretora de uma escola na Baviera, comunicado o desejo de haver mobilidade de alunos da sua escola com o nosso agrupamento, sendo trocados os contactos necessários para o efeito.
É unânime a opinião de que foi uma experiência extremamente enriquecedora para cada uma de nós, na vivência como grupo, de uma experiência internacional em representação do nosso agrupamento, colocando cada uma o seu saber nos momentos mais necessários, tendo sido revelados talentos desconhecidos, como a fotografia, o teatro, dança, entre outros.
Acima de tudo, foi muito positivo conhecer outras culturas, outras formas de trabalhar, tendo a nossa “comitiva” recolhido os inputs mais relevantes para aplicar na nossa prática profissional.
Marcações: 2022-2023