JUNTOS CONTRUÍMOS SUCESSO… COM A GESTÃO EFICAZ DO PROJETO ERASMUS+
JUNTOS CONSTRUIMOS SUCESSO…COM A APLICAÇÃO DE SOLUÇÕES DE GESTÃO DA SALA DE AULA EM PROJETOS INTERDISCIPLINARES
JUNTOS CONSTRUIMOS SUCESSO... COM A MELHORIA DAS COMPETÊNCIAS LINGUÍSTICAS EM INGLÊS
JUNTOS CONSTRUIMOS SUCESSO COM O BEM-ESTAR DA POPULAÇÃO ESCOLAR
JUNTOS CONSTRUIMOS SUCESSO COM A MELHORIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA
JUNTOS CONSTRUIMOS SUCESSO COM O FOCO NA EXPERIÊNCIA DE ATIVIDADES FÍSICAS DE OUTDOOR
JUNTOS CONSTRUIMOS SUCESSO COM ESTRATÉGIAS EFICAZES DE GESTÃO DA DIVERSIDADE NA SALA DE AULA
A 18 de maio eu embarquei rumo a Palermo, Sicília, para realizar uma formação docente no âmbito do projeto Erasmus e representar a escola Seomara da Costa Primo. Estava um pouco nervosa - este é o meu segundo ano letivo como professora em Portugal e meu primeiro ano na referida escola. Sou brasileira formada no país em que nasci e por isso estou mesmo a aprender sobre o ensino na rede pública portuguesa. Não teria me inscrito não fossem os incentivos da coordenadora do meu grupo de recrutamento, a Professora Filomena Cardoso. Tampouco teria ficado tão motivada para a viagem não fosse o apoio à minha candidatura feito pela coordenadora do Programa Erasmus, Professora Ana Água. Afinal fiz como todos temos de fazer nestas situações em que as borboletas tomam conta dos nossos estômagos: respirei fundo e aproveitei a oportunidade que se apresentava diante de mim. E foram oito dias muito proveitosos!
Trabalhamos e rimos bastante, praticamos outro idioma, partilhamos experiências. O tema do curso era Diversidade na sala de aula: ensinando tolerância e superando preconceitos. Eu fiquei particularmente feliz de ter representado uma escola tão colorida como esta: a diversidade cultural e étnica da comunidade escolar chamou a minha atenção logo no primeiro dia. Esta constatação fez-me recordar de algumas das lições da Faculdade de Educação, de alguma docente a explicar-nos a análise de Pierre Bourdieu segundo a qual a escola é um microcosmo da sociedade na qual está inserida em tantos aspectos. E eu vejo a realidade desta escola como um microcosmo de Portugal em muitos sentidos. Na formação que realizei, procurei pincelar aos colegas esta minha forma de ver a escola. Fiquei satisfeita porque ao falar dos desafios da multiculturalidade defendi que todos nós temos um desafio à nossa frente, qual seja, o de desconstruir os nossos próprios estereótipos e generalizações acerca do outro. E este desafio de lidar com o outro é tanto individual, - visto que nos afeta e nos orienta enquanto cidadãos e pessoas -, quanto coletivo, posto que é um imperativo dos princípios e garantias fundamentais que regem o nosso tempo.
A formadora era uma jovem profissional, formada em Letras e pós-graduada em Estudos Culturais: a Serena Sciarotta chacoalhou-nos um pouco com seus exercícios sempre tão exitosos em fazer-nos pensar, em retirar-nos do conforto de um lugar de saber que ocupamos como professores. Em vez disso, éramos sempre exortados a debater e a elaborar respostas às questões colocadas.
Como não se vive só de trabalho (afinal estudo é um trabalho intelectual!), também fiz alguns passeios. A Itália é irresistível para quem gosta da Antiguidade Clássica. Na companhia de meu companheiro visitei o Valle dei Templi, sítio arqueológico de Agrigento, uma cidade que dista cerca de três horas de Palermo via transporte público. A cidade foi ocupada por gregos, fenícios, romanos. Alguns templos politeístas foram convertidos em igrejas católicas, já no ocaso do Império Romano. E, hoje, quando se vai até lá, há um pouco de toda a gente, de cada canto do mundo, a admirar o que aquelas pedras ainda podem nos contar sobre um passado distante.
Também fiz colegas, ora! Passeei com colegas da turma pelas ruas de Palermo, fomos até Cefalù, almoçamos e jantamos algumas vezes. Tive a sorte de ter na turma três colegas de Valência, animados e um pouco barulhentos como a pessoa com “a pena em punho”, e eles também estavam ávidos de uma tarde na belíssima praia de Mondello. Foi uma adorável tarde de gelado e sol!
Acho que os dias correram um bocado, tal como costuma ser com tudo que é bom e leve! E quando dei por mim, já era o dia de receber o certificado. Aquando do meu retorno, levei algumas fotografias às minhas turmas, que já sabiam da viagem. Falei com entusiasmo da formação e vi alguns olhinhos a brilhar: quem sabe alguns deles não se aventuram ao Erasmus quando chegarem ao secundário? Assim eu espero!
JUNTOS CONSTRUIMOS SUCESSO…COM A COM A APLICAÇÃO DOS 4C:CRIATIVIDADE, PENSAMENTO CRÍTICO, COMUNICAÇÃO E COLABORAÇÃO NAS ESCOLAS
Serão a criatividade e o espírito crítico aptidões inatas, traços de personalidade calhados em sorte a alguns na lotaria do DNA, ou poderão ser aprendidas e desenvolvidas ao longo de toda a vida, dentro e fora de contextos formais de aprendizagem?
Foi o desejo de encontrar caminhos de resposta a esta e a outras inquietações o catalisador da nossa viagem a Praga para frequentar o curso de formação “The 4Cs: Creativity, Critical- Thinking, Communication and Collaboration”.
Decorrida uma semana, e percorridos 5404 km de avião, 535 de elétrico, metro, autocarro e barco, e 77 a pé, encontrámos, sobretudo, formas de pensar e fazer diferente, curtas e longas viagens de partilha e reflexão sobre o que pode significar a prática letiva, e ainda múltiplas oportunidades de reconhecer o risco que todos corremos de viver, aprender e ensinar, reféns da formatação de um mundo feito de padrões severos, ditadores silenciosos e invisíveis, que, muitas vezes, surgem disfarçados de verdades imutáveis e, portanto, inquestionáveis.
Por razões de ordem pragmática, escolhemos apresentar o desenvolvimento da presente partilha em duas partes distintas, a saber, conteúdos formativos e visitas culturais. Todavia, queremos ressalvar que esta divisão é completamente artificial, pois no viver de cada dia da semana de 2 a 9 de julho, as duas partes atrás referidas constituíram um todo, pleno, orgânico e indissociável.
JUNTOS CONSTRUIMOS SUCESSO ...
Com base numa estimativa realizada na Finlândia, 65% das crianças que entram no primeiro ciclo acabarão por exercer profissões que ainda não existem. Dados os desafios sem precedentes e em rápida mudança nesta era, a criatividade é uma competência essencial que capacita os jovens a adaptar-se e a inovar, bem como a abordar problemas com curiosidade, empatia e abertura. Consequentemente, incrementa a necessidade dos professores aprenderem a incorporar a criatividade nas suas práticas de sala de aula.
Este curso teve como consequência dar ferramentas aos professores para estimular a criatividade nos seus alunos.
Foram trabalhadas as “Cinco Atitudes Essenciais” e os “Sete Is das Pessoas Criativas” que ajudam o professor e os seus alunos a incorporar os novos conceitos no currículo e nas interações diárias da sala de aula. Este curso também facultou algumas ferramentas de avaliação que ajudarão o aluno a desenvolver a criatividade.
Este curso usa o método World Café para estimular o intercâmbio profissional entre os participantes na aplicação prática dos conceitos apresentados. Aí é dada oportunidade de explorar e expandir as possibilidades do professor incorporar a criatividade no seu currículo e ensino diário.
O curso permitiu uma melhor compreensão do processo criativo e uma maior confiança para realizar ações significativas no ensino e que ajudem os alunos a tornarem-se pessoas criativas. Não há segredos em ensinar criatividade para as competências do século XXI, nem devemos ter receio. Este curso definitivamente ajudou-nos a expandir a nossa capacidade de experimentar a incorporação da criatividade no currículo."
Temos o prazer de partilhar um testemunho sobre a fantástica experiência que cinco professores da mesma escola tiveram ao participar de uma mobilidade no âmbito do programa ERASMUS+ em Florença, Itália, para frequentar o curso Project-Basic Learning- PBL (Aprendizagem Baseada em Projetos para Escolas de 1º ciclo), organizado pela Europass Teacher Academy.
No início, estávamos todos animados, mas um pouco apreensivos com a ideia de passar uma semana num ambiente de aprendizagem diferente, longe da nossa escola e rotina diária. No entanto, assim que chegámos a Florença, todas as preocupações se dissiparam. A cidade é verdadeiramente encantadora, com a sua rica história, arquitetura deslumbrante e atmosfera inspiradora.
As sessões de formação foram intensas, dinâmicas e envolventes. Aprendemos sobre os fundamentos teóricos e práticos da metodologia Project-Basic Learning- PBL, bem como sobre estratégias de implementação para o 1º ciclo.
Uma das melhores partes do curso foi a de criar um possivel PBL para as nossas salas de aula. Fomos encorajados a desenvolver projetos colaborativos com os colegas de curso, o que nos permitiu trocar ideias e partilhar experiências. Essas parcerias poderão ajudar-nos, futuramente, a superar desafios que possamos encontrar ao implementar uma aprendizagem baseada em projetos na nossa escola.
Além disso, a experiência cultural que tivemos em Florença foi inestimável. Visitámos museus, galerias de arte, pontos turísticos históricos, e até quintas vinícolas, acrescentando uma dimensão extra à nossa formação. Aprendemos sobre a importância de incorporar a cultura local nos projetos de sala de aula, tornando as aprendizagens mais significativas e relevantes para os alunos.
Concluindo, participar nesta mobilidade, no âmbito do programa ERASMUS+ em Florença para frequentar o curso PBL - Aprendizagem Baseada em Projetos para a Escola de 1º ciclo foi realmente uma experiência transformadora. Fomos desafiados, inspirados e capacitados para melhorar as nossas práticas de ensino e, o mais importante, para proporcionar uma educação de qualidade aos nossos alunos. Recomendamos esta oportunidade a todos os professores que desejam ampliar os seus horizontes e aprimorar as suas capacidades profissionais.
Professores participantes: José Magriço, Luísa Pires, Sandra Cristóvão, Sandra Ribeiro e Sofia Afonso.