Era uma vez duas escolas, uma da Amadora e outra de Atenas, com preocupações semelhantes em relação à água e sustentabilidade que decidiram juntar-se e desenvolver o Projeto Water is taught by thirts1.
Era uma vez duas escolas que tinham como característica marcante uma ter vestígios, muito próximos de si, de um Aqueduto e outra sob o seu chão as ruínas de um muito antigo aqueduto.
Era uma vez um grupo de nove alunos que decidiu participar nesse projeto convicto que a experiência [poderia ser] um abrir de horizontes, um explorar de culturas e uma criação de laços [possíveis de durar] para a vida inteira2.
O “era uma vez” não se ficou pela ficção e partimos no dia 31 de março com regresso marcado para 6 de abril. Tínhamos cinco dias inteiros em Atenas para viver esta aventura, acreditando que o Projeto Erasmus é (…) um projeto enriquecedor, [que promove] o gosto pela descoberta e pela cultura3.
As docentes Amalia Nikolau, Stamatia Papanika e Evi Oikonomidi preparam um conjunto de atividades a realizar na 2nd Senior High School Of Metamorfosis relacionadas com o tema do nosso Projeto, assim como atividades fora da escola que nos permitiram conhecer os hábitos, história e cultura gregas, poderíamos dizer que foi como ler um livro de história, mas com a vantagem de estar dentro dele4. Fomos carinhosamente recebidos o que nos permitiu desde logo perceber que esta seria uma boa experiência [a permitir que se fizessem] amigos tanto da Grécia como [reforçar os] de Portugal5. Na escola que nos recebeu, testaram os nossos conhecimentos da cultura grega, desafiaram-nos através de um Escape Room sobre o tema do nosso Projeto, compusemos uma música com recurso à IA a partir de um poema que tinha sido escrito quando da visita dos alunos gregos à nossa escola, fizemos experiências em laboratório para verificar como as plantas armazenam água, visitámos e tivemos uma breve lição sobre as ruínas do aqueduto existente na escola. Pode, sem dúvida, dizer-se que, cada um à sua maneira, teve de sair da sua zona de conforto e [estar] dentro de uma nova experiência, criar novas visões6.
Fora da escola [mergulhámos] na história, nas paisagens, na cultura do país7. Fizemos um passeio por Atenas passando pelo Zappeion, National Garden, Panathenaic Stadium, Monument of the Unknown Soldier, Athens Trilogy; fomos até ao Templo de Poseidon, ou não fosse o nosso tema a água, e ao Saronic Gulf; organizou-se um debate em Pnyx com a Acrópole / Partenon como cenário de fundo, que visitámos depois; terminámos com uma visita ao Lake Marathon e Marathon Tomb, onde foi possível verificar a importância da água e os meios criados para abastecimento à cidade de Atenas, a destruição da paisagem por fogos recentes e, finalmente o início do percurso que deu origem a uma das emblemáticas provas olímpicas, a Maratona.
Impossível não referir o breve curso de danças gregas e um almoço, na escola, organizado pela associação de pais da escola e pelos pais que receberam os nossos alunos, assim se conhece[m] pessoas novas e [se] conhece uma cultura diferente8, assim [criam-se] laços memórias que [ficam] para sempre7, assim nunca se esquece[m] os sorrisos e as gargalhadas9.
Regressámos cansados, porém tendo feito novos amigos e com uma bagagem que não se fez com malas, mas com conhecimento10.
Todos os “era uma vez” são possíveis, por isso alguém disse: foi a melhor experiência da minha vida9.
Notas:
Esta notícia/publicação foi elaborada pretendendo-se transmitir na escrita uma vertente informal.
O “era uma vez”, que repetimos, não pertence a ninguém, pertence a todas as histórias que nos vão sendo contadas e que se repete em muitas culturas, porém, neste caso, e lembrando que este é um grupo de alunos do 12º ano que tem como leitura obrigatória a obra Memorial do Convento, decidimos apropriar-nos do “era uma vez” que o seu autor utiliza para resumir a sua história.
1 Título de um poema de Emily Dickinson, adotado para o Projeto.
De 2 a 10 – frases / testemunhos dos alunos que participaram na mobilidade, com ligeiras alterações e/ou supressões para que fosse possível serem integradas no texto.
2 Madalena Vicente (12º4); 3 Érica Simão (12º1); 4 Victória Lage (12º2); 5 Luna Gisbert (12º6); 6 Letícia Figueiredo (12º6); 7 Maria Pires (12º1); 8 Miguel Silva (12º1); 9 Leonor Costa (12º4); 10 Constança Sousa (12º4).
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Em novembro de 2024, o Agrupamento de Escolas Amadora Oeste passou a integrar a rede do Plano Nacional das Artes, uma iniciativa promovida conjuntamente pelo Ministério da Educação, Ciência e Inovação e pelo Ministério da Cultura (